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segunda-feira, 26 de março de 2012

ALMOFADA, ABAJOUR, CASINHAS E CARINHAS














Estas são bonequinhas que eu e a minha ajudante fizemos há 
algum tempo e que segue esta linha das almofadas pintadas. 


texto e fotos: Bárbara Nunes
barbaranunes.com@gmail.com
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ESTA ALMOFADA E OUTROS MODELOS JÁ ESTÃO
DISPONÍVEIS NA LOJA DO ATELIER:
http://www.elo7.com.br/ateliersantabarbara 



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DO ATELIER. É FÁCIL. ESTA OPÇÃO FICA NA PARTE 
SUPERIOR DIREITA DO BLOG.
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Entre uma pauta e outra pelo Diário de Canoas, o Claiton descobriu o Seu Danilo, o Mago, um senhor apaixonado por antiguidades e quinquilharias. Estava passando por uma rua e viu a guarda de uma cama de ferro muito antiga, enferrujada mas bem inteira. Viu que o lugar tinha outras coisas e me convidou para bisbilhotar um pouco num outro dia. Isso já faz mais de um ano, na verdade acho que já faz dois. Mas o caso é que acabamos visitando o reduto do Mago, uma casa velha abarrotada de peças usadas, antigas, empoeiradas e amontoadas. Ficamos horas vasculhando tudo mas não saímos de mãos abanando. Compramos a cama, revistas antigas, um lindo bauzinho de ferro e este pé de abajour  que desde que coloquei os olhos sabia bem o que faria. A proposta sempre foi a de desenhar na pantalha, mas o processo demorou muito mais do que o previsto. Então, dois anos depois, a peça finalmente ficou pronta. 
Aproveitando os pincéis e tintas que ainda dominam a minha mesa de trabalho por conta dos pratos e ovos, resolvi então, além de terminar o abajour, experimentar pintar algumas almofadas. Gostei do resultado. Por isso pretendo fazer mais algumas, pelo menos até ficar com vontade de fazer outra coisa.

quinta-feira, 15 de março de 2012

DIAS PRODUTIVOS NO ATELIER


 O prato da bibi já enfeita nosso lar e o enche de alegria! 
 As bonecas começam a invadir novamente o Atelier. 
O próximo passo é materializá-las!!!



Esta é a primeira de uma série!!!
Fotos e texto: Bárbara Nunes

barbaranunes.com@gmail.com


OS PRATOS JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS NA LOJA DO ATELIER.
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Os últimos dias foram muito produtivos. 
Além do tema das casinhas retomei as bonecas.
A Bibi como sempre participou das atividades e 
produziu pratos como este. 
Dias felizes no Atelier!

quinta-feira, 8 de março de 2012

OVOS DE BARRO PARA A PÁSCOA






A PRODUÇÃO





 A minha ajudante também produziu um. Eis o resultado.



O RESULTADO










A HISTÓRIA

 Dona Zulmira na olaria. Fotografia "pinhole" - 7 segundos de exposição
 Interior da olaria - torno à esquerda. fotografia "pinhole" - 7 segundos de exposição.
 Dupla exposição - interior e exterior da olaria - fotografia "pinhole"
  Dupla exposição - interior e exterior da olaria - fotografia "pinhole"
 Interior da olaria - fundos, onde é guardado o barro - fotografia "pinhole" 
10 segundos de exposição

Fachada da Olaria - fotografia "pinhole" - 1 segundo de exposição
fotografias e texto: Bárbara Nunes

barbaranunes.com@gmail.com

OS OVOS E PRATOS ESTÃO À VENDA NA MINHA LOJINHA:
http://www.elo7.com.br/ateliersantabarbara

TEM VÁRIAS OPÇÕES DE PAGAMENTO!


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Já faz um tempo que fui buscar os ovos que encomendei na olaria Santa Rita, aquela de Vendinha. O Toninho, oleiro e dono do estabelecimento, fez um bom trabalho e o resultado da produção de Páscoa do Atelier pode ser conferido hoje no blog e na lojinha.
Ovos de cerâmica como estes eram produzidos pelo já falecido Quintino, os primeiros que fiz foram os desenhados com paisagem como os de agora, mas pintados com lápis de cor.
A minha amiga Carla Balbinot também foi responsável por este trabalho de certa maneira. Ela me levou à olaria e me apresentou ao Quintino e à dona Zulmira sua esposa. Naquela época íamos a pé até lá para comprar ovos, pratinhos, vasos, potinhos e aí vai. Para quem sempre havia morado em cidade grande e em apartamento, era uma aventura percorrer aquela cidadezinha, por entre ruas de chão batido e ainda cortar caminho por  uma picada no meio do mato para chegar até lá. Era um lugar maravilhoso, um pequeno labirinto recheado de objetos de barro, tão  singelos e tão deliciosos.  Na época eu acabara de ler o romance do José Saramago “A Caverna” e foi uma identificação imediata. Certo dia de inverno, eu fui lá para fotografar. Saquei a minha câmera “pinhole” e comecei a função enquanto conversava com dona Zulmira. O oleiro Quintino não estava por ali. Papo vai, papo vem e de repente ouço um barulho no fundo da olaria. Como achei que estávamos sozinhas perguntei à dona Zulmira se não poderia ser um bicho, um rato ou um gato. E ela com toda a naturalidade disse: “ é o Quintino”. Pois e não é que era mesmo! Fazia dois dias que ele passara queimando as suas peças, os fornos estavam quentes ainda e ele aproveitou para descansar  um pouco dentro do forno quentinho. Lembro bem da figura deste homem de barro arrastando uma cobertinha pela olaria  com cara de sono e me olhando espantado. Não mais do que eu!  Na época ele já deveria ter uns 80 anos. Era um homem muito generoso e muito habilidoso. Estava sempre disposto a ensinar o seu ofício.
Depois que ele faleceu, a dona Zulmira também não viveu muito tempo e os filhos acabaram vendendo a olaria para o Toninho que mudou o nome do estabelecimento de “Olaria do Quintino” para “Cerâmica Santa Rita”.  Ficou um tempo no velho galpão e logo recebeu uma proposta pelo terreno e acabou se mudando para Vendinha. Quando passo por ali dá uma tristeza de ver aquele maquinário aterrando e terraplanando onde foi a olaria do Quintino. Mas o “progresso” é assim, esmagador.
O Toninho me contou que tem cada vez menos profissionais na área, que a cada geração menos pessoas se interessam pelo ofício.