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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

UMA APRENDIZ





barbaranunes.com@gmail.com
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Cuidar de uma filha, arrumar a casa, pilotar um fogão todos os dias e ainda administrar um espaço de trabalho que fica dentro do próprio lar não é fácil. às vezes a minha pequena Bibiana entra no atelier e pergunta: " Mãe, o que eu posso fazer para te ajudar?". Então eu largo tudo o que estou fazendo para mostrar a ela como se faz o meu trabalho. Numa dessas tardes ela se entusiasmou e recortou e montou 3 casinhas. Nem precisa dizer o quanto fiquei orgulhosa! Depois que passei na máquina ela escolheu os botões e eu a ajudei a pregá-los. Em uma delas desenhou a nossa família e as amigas. Ficou maravilhoso!!


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SEMPRE CASINHAS



 Este foi o primeiro trabalho que desenvolvi inspirado na cidade em 2001.
Uma série de ovos de cerâmica desenhados. 
Os ovos eram feitos em uma pequena olaria que já não existe mais, 
mas que também tem uma história que eu vou contar.








Fotos Bárbara Nunes

Em breve na Minha Lojinha

barbaranunes.com@gmail.com
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Nasci e vivi em Porto Alegre, no Bairro Petrópolis, praticamente no mesmo apartamento, pois só havia morado em outro lugar até meus 2 meses de vida, e na mesma rua Lajeado. Depois que casei, ainda antes da mudança para o interior, passamos por um JK. Estava muito acostumada com hábitos da cidade grande, especialmente com o de fugir das pessoas. Sabe quando chegamos no nosso apartamento e percebemos que o vizinho também se aproxima? E assim aceleramos um pouco o passo para não ter que dar de cara com aquela pessoa, que na verdade nem é um desafeto. Até mesmo na rua deixamos de cumprimentar conhecidos, fingindo não vê-los.
         Quando cheguei em  Nova Santa Rita, há 10 anos, a cidade estava começando a atrair pessoas de fora. Inicialmente alugamos uma casinha para sabermos se realmente gostaríamos de morar por aqui. Naquela época fui pega da surpresa com os cumprimentos de absolutamente todas as pessoas pelas quais eu cruzava na rua. Era um festival de “Obas!”. A princípio fiquei sem reação, não estava entendendo nada daquilo. Mais estranho ainda para mim, foram os convites para uma visita, de pessoas que eu mal conhecia, era um “Qué chegá?”. Enfim, me acolheram muito bem nesta cidade! Construímos nossa casinha própria e aqui tivemos a nossa filha.
Nova Santa Rita cresceu muito, e pessoas estranhas não são mais novidade. Não se cumprimenta qualquer um, mas ainda se conhece muita gente. E um pequeno trajeto pode se tornar longo quando se pára para bater um papo com os vizinhos.
A vida pacata e o tempo para observar a paisagem me inspiraram. As casinhas me acompanham desde a chegada por aqui. Os ovos desenhados  foram os primeiros, depois pinturas, bolsinhas e agora mochilas e almofadas. O que mais será que vem por aí?